quarta-feira, 29 de outubro de 2008

PV de um pato feio


Ela tava nua, magrinha magrinha. Me esperando, deixou a porta aberta, o porteiro tava avisado. "João né...?" "É." No elevador eu abri a carranca pro espelho, as pupilas dilatadas dentro de um olhar perdido, um tanto atordoado, meio patinho feio meio pangaré banguela, mas ainda restava um homem em mim, olhei pra câmera de vigilância esperando uma confirmação. Tenho certeza que o porteiro fez sinal positivo, afinal a gente simpatizou. O quarto tava com a luz baixa. Vou me esgueirando soturno. Ela finge que não acorda. Magrinha. Levanto o lençol de leve. Tateando senti os poros eriçando. Escuta o cheiro. A cena é obscena, observa... Dou um roçada de barba na nuca, ela vira: "Nossa, que bafo de cachaça! Seu cabelo ta cheirando a cigarro... po!" Balbuciei um "desculpa... já volto" Fui abluir, tirei a roupa, realmente um cheiro de sinuca com banheiro de rodoviária, desodorante, abraço. 11 min depois eu volto. "...aaaa agora sim, vem cá bebê de Rosemary..." e as afinidades foram eleitas...

2 comentários:

Simonetta disse...

hmmm, que patinho lindo...
vira cisne?
a sem século quando era bem menininha chamava de cisney.
viva o universo dos cisneys!

A Menina Sem Século disse...

linda essa sua "perspectiva proseada" john!
gostei muitcho!