sábado, 15 de novembro de 2008

Onde entra e sai o mundo.



Passo, dobro a esquina e olho por cima do muro, parte é penumbra parte é escuro
Aceno em resposta ao aceno mudo, amigos refletem sombras animadas no paralelepípedo agitado, são passos que rodeiam o mesmo lugar, são solos confusos tentando a mistura, as siluetas dizem muito sobre cada um, ao passo que cada um sabe tanto ou menos sobre si, pergunto e nem sempre respondo, o que me é claro durante todo o tempo é que não sei o que faço aqui . O ângulo de visão pode distorcer o que já não é compreendido, por isso busco ver de cima para ter uma melhor visão da planta baixa do universo, a atadura do braço esquerdo incomoda mais que a dor no pescoço, enquanto isso na tela de disparos contra os aviões inimigos, desvio das balas e tento me fortalecer com os poderes e armamentos que me são oferecidos, a tensão é constante, um descuido e Game Over, enquanto a vida se mostra breve abrevio assim minha conclusão - qual é minha parte nesse mundo, minha história é um prato raso ou um vaso sem fundo? No trilho o prenuncio da locomotiva vem num som agudo de amolar facas, cortando pensamentos e espalhando miolos sobre as pedras, não se pode deixar que essa realidade em toneladas de ferro maciço organize nossas vidas e é cedo demais para que tudo se torne tarde. Na curva do Kart acelero com medo de capotar, mas foda-se ou tento agora ou me curvo à curva e sou ultrapassado na reta final. Em torno da lua existe um halo com muitas estrelas em volta, suponho que amanhã é dia de festa. É como a pele enrugada no meio da testa, distorce o semblante, mas protege a retina de todo excesso. É claro que tudo isso somado a tudo aquilo, resumindo, é puro sexo. O bem que nos foi permitido, o extinto que nos é primitivo, o motivo nem sempre explícito, o efeito chocolate cerveja e canabis.
Não desisto dos sonhos realizados, de um lado são vidas paralelas, do outro lado somos nós os observados. Observo as notícias e critico minha ausência dos fatos.
Não existem mais olhos que se olhem nas ruas, comida chinesa parte é cozida-frita a outra parte é crua.
Sempre sou sincero quando não minto, blasfemo de quem não tem a fé em riste e não creio em felicidade triste.
Mudo de calçada, elogio seus brincos, brinco contigo, te dou um bonde até a página do meu livro, junto o teu nome ao que já está escrito, eu já to num outro mundo é isso que eu acredito.

Um comentário:

Mariana Quintão disse...

uauuuu!! ameii!!! varios trechos pra recortar e colar na cabeça

essa brincadeira ta começando a ficar boa!